“Estamos dispostos a investir 500 bilhões de euros”, afirmou o Embaixador da Alemanha no Brasil, Georg Witschel, em reunião da Câmara de Comércio Brasil Alemanha, em Porto Alegre, para superação da grave tensão econômica derivada do Covid-19. Esta crise supera tudo até hoje. O maior desafio para o Brasil e o mundo desde a segunda guerra mundial. Ainda não temos como prever os efeitos para a economia. Mas temos a oportunidade de combinar a retomada da economia com a proteção climática. Injetando recursos nas energias renováveis. O Pacto Verde Europeu deve ter maior rigor, pacote maciço para ativar a atividade econômica, pacote extraordinário para momento extraordinário.
A Alemanha, atualmente, tem 60% do seu PIB comprometido com a dívida pública e depois da crise deverá chegar a 80%. O governo lutará por cada emprego e cada empresa. Na Alemanha não há conflito entre o governo, legislativa e o supremo. “Estamos criando fundos para recapitalização, emitindo títulos da dívida e outros fundos para empresas pequenas e de médio tamanho”, salientou Witschel. Para o Embaixador, a recuperação da economia pós-coronavírus representa a possibilidade de modernizar a indústria e os serviços, levando em conta a sustentabilidade nos vários setores, entre eles, mudanças climáticas, energias renováveis e a mobilidade urbana.
O Fundo Monetário Internacional prevê queda de 2.8% do PIB mundial. São 6.3% de queda, podendo chegar e 10% na Alemanha. “Estamos programando crescimento em 2021 com a retomada da atividade econômica de 5.2%”, afirmou o alemão. Consultado a respeito da posição da Alemanha sobre o Mercosul, o embaixador criticou a mudança de posição da Argentina, que manifestou a saída das negociações em blocos com outros países, porém voltou atrás, movimento que o diplomata comparou ao tango: “um passo para frente, outro para trás”.
No Brasil, nesta segunda-feira, 22/06, o secretário de Energia Elétrica do Ministério de Minas e Energia, Rodrigo Limp, anunciou a revisão da expectativa do aumento de carga em 4% em 2020, para a previsão de uma retração de 3%. Para o secretário, há uma relativa folga para contratar com um pouco mais de tranquilidade, mas a perspectiva é de que mesmo com a redução de 2020, haja uma rápida e forte recuperação do consumo em 2021, superior a 4%. Uma das primeiras medidas anunciadas pelo MME, após o decreto do estado de calamidade pública em março, foi a suspensão dos leilões de geração e transmissão previstos para este ano. A agenda de hoje da secretária executiva, Marisete Pereira, inclui reunião preparatória para os leilões de energia existente A-1 e A-2 de 2020. Com a sinalização de que o governo não desistiu do leilão de transmissão, a ANEEL retomou consulta pública com a proposta de edital do certame. A lista de empreendimentos a serem leiloados passou por ajustes e é superior a de junho.
Belo trabalho Doctor! o projeto avança apesar dos contratempos institucionais que o País esta vivendo. abraço