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Foto do escritorZelmute Marten

Kiev e Irpin recebem Scholz, Macron, Draghi e Iohannis, alta de preços, escassez e desglobalização

Na última quinta-feira, 16.6, Volodymyr Zelensky, recebeu nas cidades aniquiladas de Kiev e Irpin, os líderes das maiores potências da União Europeia, os chefes de governo da Alemanha Olaf Scholz, e da Itália, Mario Draghi, o presidente francês, Emmanuel Macron, e o presidente da Romênia, Klaus Iohannis. A questão central da visita envolve o endosso destas nações a entrada da Ucrânia no bloco. Nos dias 23 e 24 de junho os 27 países integrantes da U.E. decidirão se aceitam a Ucrânia como candidata oficial à adesão e terá início o processo formal. A Ucrânia também deseja ser incluída à Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN), que organiza cúpula para o final de junho em Madrid. Estes encaminhamentos contrariam os interesses de Moscou. O porta-voz presidencial russo, Dmitry Peskov, declarou que fornecer armas para a Ucrânia “é totalmente inútil e só causará mais danos ao país”, disse. Os sinais são desfavoráveis para os que desejam uma solução negociada e o fim imediato do conflito.


Em São Petersburgo, na edição que marca os 25 anos do Fórum Econômico Internacional de São Petersburgo – SPIEF, Vladimir Putin, provocou: “O aniversário do Fórum acontece em um momento difícil para toda a comunidade internacional. Os erros dos países ocidentais na política econômica ao longo de muitos anos e as sanções ilegítimas levaram a uma onda de inflação global, à ruptura das cadeias de suprimentos usuais e a um aumento acentuado da pobreza e da escassez de alimentos”, manifestou o presidente russo. “No entanto, como pode ser o caso, juntamente com estes desafios, novas perspectivas estão surgindo. É por isso que o slogan do Fórum – Novas Oportunidades em um Novo Mundo – parece tão relevante”, destacou. Entre os temas que figuram na programação do evento estavam tópicos como a indústria da mídia, energias verdes, relações Rússia-Ásia e segurança alimentar.


No Brasil a semana foi marcada pelo acréscimo de 5.2% no preço da gasolina e 14.2% de aumento no óleo diesel. O anúncio confirma a tendência de aumento dos preços no mercado internacional e a possibilidade concreta de desabastecimento. Trinta e nove dias depois do último aumento do diesel nas refinarias, em 10 de maio, o preço do barril de petróleo Brent avançou 16.76%, de US$ 102.61, em 10 de maio, para US$ 119.81 na quinta-feira 16, menos de 24h antes do nosso repasse anunciado pela Petrobras, no meio do caminho, chegou a ser cotado a US$ 120.67. Na gasolina, não é diferente e nos 99 dias que separam os dois últimos reajustes, o dólar subiu de R$ 5.21 para R$ 5.32. Estes acontecimentos fizeram o presidente da república ameaçar a Petrobras com a criação de Comissão Parlamentar de Inquérito – CPI, fato que derrubou a valorização das ações da empresa.


Nesta edição do Fórum Econômico de Davos, a desglobalização, guerra na Ucrânia, pressões inflacionárias, crescimento da China, crise energética e a pandemia de Covid-19 estiveram entre as pautas centrais. Entre os consensos dos economistas está a percepção de que a economia mundial passa por um momento de fragmentação da globalização. O diagnóstico se refere a um colapso do tipo de comércio e investimento livre e transfronteiriço que definiu a ordem econômica global nas últimas três décadas. A desglobalização deve afetar a cadeia global de suprimentos. “Estamos à beira de um círculo vicioso que pode afetar as sociedades durante anos”, declarou Saadia Zahidi, diretora-geral do Fórum. "Os líderes enfrentam escolhas difíceis e conjunturas domésticas no que tange à inflação, dívida e investimento”, acrescentou. Economistas defendem a necessidade de uma flexibilização fiscal. E recomendam atenção especial para o setor de energia e apontam a necessidade de os governos combater a insegurança alimentar através de subsídios e de políticas públicas de renda mínima e combate a forme.

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